Huawei registra patente de bateria sólida com autonomia de 2.900 km
Tecnologia promete recarga ultrarrápida e densidade energética até três vezes maior que a atual, mas ainda não passou do papel
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Huwaei |
A Huawei entrou oficialmente na corrida pelas baterias de estado sólido, registrando em 2025 uma patente que, no papel, pode mudar o jogo da mobilidade elétrica. A tecnologia, ainda em fase teórica, prevê uma autonomia impressionante de até 2.900 km e recargas de 10% a 80% em menos de cinco minutos.
O segredo estaria no uso de um eletrólito sulfeto dopado com nitrogênio, que reduz reações adversas na interface com o lítio, aumentando segurança e durabilidade. Segundo a patente, a densidade de energia pode chegar a 180 a 225 Wh/lb, o que significa até três vezes mais que as baterias atuais de íon-lítio.
Embora não produza veículos sob sua própria marca, a Huawei mantém parcerias com diversas montadoras, integrando sistemas inteligentes e mirando a aplicação de inovações em baterias. O movimento coloca a empresa ao lado de gigantes como BMW, Mercedes-Benz, Volkswagen, BYD e Toyota, todas em busca de baterias mais seguras, leves e rápidas.
Especialistas alertam, porém, que a novidade ainda está no campo das ideias. Para virar realidade, será preciso não só avançar na engenharia, mas também adaptar a infraestrutura de recarga. A China, líder mundial no setor, registra mais de 7.600 patentes anuais de baterias sólidas, dominando quase 37% do mercado global de propriedade intelectual nessa área.
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Huawei |
Entre as concorrentes diretas, a chinesa CATL planeja iniciar produção piloto de baterias sólidas híbridas até 2027, enquanto a Toyota apresentou em 2023 um protótipo com 1.200 km de autonomia e recarga em cerca de 10 minutos, com previsão de lançamento nos próximos cinco anos.
Se as promessas saírem do papel, a tecnologia da Huawei poderá colocar um carro para cruzar o Brasil de ponta a ponta com apenas uma carga — e tempo de recarga digno de um pit stop.
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